Inteligências Artificiais Generativas: automação e humanização

Assistente de robô sorridente com inteligência artificial em um local público

Publicado em: 09 de agosto, 2023

Inteligências artificiais podem automatizar as tarefas repetitivas, defendem especialistas em tecnologia, como Sam Altman, CEO da OpenAI.

Ninguém quer apenas repetir a mesma coisa o tempo todo. Ninguém quer ser um mero operário à moda de Charles Chaplin, repetindo movimentos monótonos sem fim ao redor do mundo.

Somos ensinados tanto a ser criativos quanto a fazer trabalhos repetitivos. Em uma combinação de inovação e consistência. Livres para inventar, restritos para repetir. A tecnologia que pode tornar a repetição menos chata, aumenta muito a produtividade das pessoas e também das empresas.

Essa ideia combina com o que tenho visto em nosso trabalho com Inteligências Artificiais generativas, especialmente na criação de conteúdo e na garantia de qualidade em processos da nossa empresa, a Alura.

A produtividade e a qualidade do trabalho aumentam quando tarefas repetitivas não são feitas apenas por humanos.

Como utilizamos IAs hoje?

A IA auxilia no controle de qualidade dos textos produzidos, garantindo que os guidelines sejam seguidos. Ela ajuda na elaboração de novos exercícios, seguindo padrões de criação de didática e de visão pedagógica. Isto é, os exercícios são criados de acordo com a didática que defendemos na Alura. Os textos apresentam a abordagem que esperamos, que promovem acessibilidade e inclusão na disponibilização do nosso material de ensino. É muito interessante que as IAs possam ajudar no processo criativo.

Também é verdade que as IAs também podem errar. Donald Knuth, um grande nome em ciência da computação, fala sobre os muitos erros cometidos pelas IAs. Mas, o que Knuth não deixa claro é que, mesmo com grandes erros, o resultado final ainda pode ser bastante útil.

A pergunta importante é se uma inteligência extra, mesmo limitada, pode ser útil. Na experiência diz que sim. Nossos professores têm gastado menos tempo criando atividades extras, além de um controle de qualidade mais automático. Isso garante mais tempo livre para estudar, aprender novos assuntos e explorar novas formas de criar os cursos futuros.

Qualquer tipo de inteligência, seja natural ou artificial, pode cometer erros.

Ao mesmo tempo, reduzimos o ciclo de correção e melhoria no processo de criação de cursos porque agora nossos professores têm feedback automático da plataforma. O feedback é imediato, embora com certa margem de erro.

Mas, falando sobre relações humanas, por exemplo: como a IA poderia ajudar um casal com filhos pequenos a encontrar tempo para uma conversa produtiva, considerando todas as dificuldades e responsabilidades que surgem com a criação de um bebê, por exemplo?

Do ponto de vista da produtividade: as IAs poderiam gerenciar agendas, lembrar de eventos importantes e até sugerir atividades divertidas para os filhos.

No lado humano: a IA poderia ajudar os pais na adaptação a esse novo papel na vida. Não é sobre delegar o papel de pai e mãe para a IA, mas para a IA nos ajudar a ser melhores pais e mães.

E quanto a apoiar uma mãe que tem um bebê pequeno e que trabalha a encontrar tempo para estudar? Na visão “produtiva” da IA, ela pode criar um cronograma de estudos eficiente, levando em consideração as necessidades e os horários da criança, bem como as responsabilidades de trabalho da mãe. Contudo, isso é o mesmo de sempre. A dificuldade real é a quantidade enorme de responsabilidades que ela tem. Quem encontrar uma forma da IA ajudar a diminuir as responsabilidades, mantendo o relacionamento mãe-criança saudável, aí sim, encontrará algo inovador.

Se buscamos algo novo para IAs, podemos buscar melhorar a humanidade através da humanidade.

Em sites de encontros, como o Tinder, em vez de simplesmente sugerir respostas adequadas, a IA poderia fornecer insights sobre o comportamento da pessoa, ajudando-a a compreender melhor as nuances da comunicação interpessoal e a desenvolver suas habilidades de comunicação. Poderíamos imaginar um Tinder em 2023 que ajuda as pessoas a desenvolverem seus relacionamentos, em vez de ser apenas um lugar para encontrar pessoas em larga escala.

Está claro que os métodos de produção, até os criativos, estão sendo transformados pelas novas IAs, incluindo o ensino. Nesse contexto, é essencial que a inteligência artificial seja usada para ajudar o crescimento humano, e não apenas no aumento da produtividade.

A IA não deve ser uma entidade que dita as respostas e ações corretas, mas sim uma assistente que nos ajuda a compreender e melhorar a nossa própria humanidade.

Conheça a história da Alura e veja como Guilherme, Paulo e Adriano criaram a edtech que transforma vidas e carreiras por meio da tecnologia.

Source link

Posts Relacionados

Deixe um comentário